quinta-feira, maio 04, 2006

torcicolo

O que vale uma mão-cheia de tanta coisa e de coisa nenhuma à beira de um torcicolo ao abandono?

Que hedionda e repelente criatura do demónio sou eu, meu bem, que te tenho tão dentro de mim mas te não amparo, sequer, a nuca?

Que minúsculo insecto invertebrado me inundou a alma? Que cirurgião maldito me suturou as chagas de superfície e me deixou o coração tanto em ferida?

Merecerei eu ouvir-te a melodia do caminho? Merecerei eu a mão que me estendes?...