domingo, abril 30, 2006

zebeto

Não sou dos que o conheceram de tacões altos, mas lembro-me bem da chapelada que haveria de eleger o Guilherme Carreira, contra o Dinis Alves. Ainda assim, só mais tarde dei importância ao papel que ele teve no golpe de mão às urnas, na Associação Académica. Muito mais tarde, já depois de o Eduardo Dâmaso ter contado a história da sua aventura falhada de armador de barcos de pesca.
Depois, acompanhei-lhe o percurso. A investida irresponsável no andebol, o manobrismo militante no PSD local, o casa-descasa com o irmão, o benfiquismo de bancada travestido de Martins, os joguetes políticos no bloco central dos interesses... Salvo erro ou omissão, apresentou-se-me sucessivamente "administrador" da rodoviária, dos hospitais dos Capuchos, da Tocha, de Arnes e, por fim, do Sobral Cid.
Não obstante, tenho, como sempre tive, um estranho apreço pelo Zé Beto. Tratamo-nos por você, é certo. Uma vez por outra irrito-me com as familiaridades que ele se autoriza. Mas gosto da sua franqueza e da sua memória desconcertante e desarmante.
Obviamente, desculpo-lhe todas as habilidades serôdias de suposto 'enfant terrible'.