cidadania down
A Pro Urbe espanta-se pelo défice de participação cívica da cidade, patente no congresso de cadeiras vazias - a avaliar pela fotografia do DC. Lurdes Cravo vai ao ponto de comparar a míngua actual com o entusiasmo de 2001. Esquece-se de se perguntar porquê. Será culpa própria? Será culpa do Sócrates? Será culpa do papa? Serão os jornais responsáveis? Não faço ideia, se calhar é um pouco de tudo e mais o Bush e a irmã Lúcia que morreu e mais o pragmatismo que chegou à universidade. O que sei é que, ao invés desse triste canto do cisne do machadismo, os coimbrinhas têm, hoje, menos dinheiro na algibeira e muitos, mesmo muitos, mais sítios onde gastá-lo. E, já agora, também onde passear e ver cinema e combinar encontros com os amigos e, até, sentir aquela pontinha de orgulho que o lisboeta de meia tijela assume quando recebe um parente da província e o leva a dar uuma volta no Colombo.
4 Comments:
"Deixa-me rir... essa história não é tua...
falas de festa, do sol e do prazer, mas nunca aceitaste o convite...
tens medo de te dar e não é teu o que queres vender...
Pois é, pois é...há quem viva escondido a vida inteira ...
Domingo sabe de cor o que vai dizer 2ª feira..."
Pois é...pois é, amigo: olhei, espreitei, perscrutei, vigiei, estirei, busquei, investiguei, indaguei, procurei (o dicionário que tenho aqui à mão é mesmo de má qualidade!)e uma das cadeiritas que continuava vazia, desacompanhada e chorosa era a tua!
É o que de misterioso tem a vida: quando menos espero, ela senta-me em cadeiras que sempre foram de outros!
Às vezes não gosto muito da brincadeira. Sinto-me desconfortável, não sei se por serem demasiado duras, se por de tão macias me deixarem aquela sensação melosa, semelhante a um aperto de mão húmido, sabes?
Mas desta vez foi diferente. Aquela cadeira foi-me pregando partidas ao longo do fim de semana. Às vezes incomodava-me, fazia-me lembrar o quão inconsequente é o deslumbramento do ego, outras vezes afagava-me, despertando-me para o acreditar sem nada desejar.
Fui adaptando o meu corpo às sensações, mas, isto cá para nós, ainda agora sinto uma forte dôr nas costas (outros houve que de lá saíram com dôr de cotovelo)!
Não participei na onda de há 5 anos atrás (talvez por isso não me tenha afogado!). Não sei se por falta de consciência cívica, se simplesmente porque não me apeteceu. Isso também pouco importa. O que agora sinto é uma grande vontade de mudar de fuso. Até aqui, partilhei com a cidade( palavra escolhida para acalmar a consciência, porque o que realmente fiz foi usá-la, como qualquer proxeneta!) as suas ruas, os seus cafés, os seus jardins, os seus espaços cénicos. A partir deste fim de semana vou pedir-lhe que me permita cruzar a sua alma, ver a sua aura e... se ela deixar... suavemente passar a sentir-me sua.
Que outro mérito não tenha tido,pelo menos o CCC conseguiu que uma pessoa, kasmurra por nascimento, passe a passar palavra acerca de aspectos tão sem importância, como o destino a dar à Penitenciária, ao actual Hospital Pediátrico, aos diversos Quarteis (e porque não também aos carteis!)a desactivar, aos Mosteiros de Celas e de S. Gerónimo, ao Metro de Superfície, à Rua da Sofia, aos Teatros Gil Vicente, Paulo Quintela e Sousa Bastos...
Pois é...pois é...
e o que achas da candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura?
Talvez possamos discutir o assunto num fim de tarde do "escritório"!
Beijinhos, Amigo!
Kas.
E num è "que afinal ela move-se"
ou por outras palavras será que o meio justificou o fim.
E ponho-me a pensar:ficamos melhor,
e se não tivesse existido,a realidade de hoje seria a mesma?
Acho que não alinhei na "coisa" por antevi o objctivo principal atempadamente,assim evitei agora de manter este arrependimento que carregaria já a cinco anos.
Mas que fazer CRISTO tambem não foi crucificado e Barrabás liberto???
Engraçado .....e o onus foi do POVO.
...canto do cisne do Machadismo???
faça favor de explicar lá essa...
querem ver que querem branquear a"coisa" sim porque "aquilo era uma "coisa"
Your site is on top of my favourites - Great work I like it.
»
Enviar um comentário
<< Home